PLATÃO E A ALMA
A noção de deus tem em Platão um significado ainda mais amplo que a noção tradicional que ele recupera e critica. Na tradição grega, um deus se define como um ser imortal, por oposição ao homem que é mortal. Trata-se de um traço absolutamente distintivo. Platão aceita essa distinção mortal/imortal, mas se apropria dela e modifica seu campo de aplicação em função da estrutura de sua doutrina: tudo o que pode ser considerado imortal vê-se por ele qualificado de “divino” ou chamado “deus”. O divino abarca, então, não somente os deuses e os daímons tradicionais, mas também a * alma humana.
BRISSON, Luc e PRADEAU, Jean-François. Vocabulário de Platão. Verbete Deus, divino. São Paulo: Martins Fontes, 2010. p. 31.
Platão acreditava na preexistência da alma, da mesma forma que a continuidade de sua existência após a morte. Ele aceitou plenamente a doutrina pitagórica da reencarnação *.
Platão * descreve a alma imortal como uma espécie de anjo caído que perdeu suas asas quando foi introduzido em um corpo mortal *. A libertação definitiva do ciclo de reencarnações é a recompensa máxima para a alma que foi purificada e esclarecida pela contemplação filosófica. * Para o espírito de Platão, a verdadeira interpretação da imortalidade da alma é afirmar a possibilidade de partilhar plenamente a vida divina.
LUCE, J.V.Curso de filosofia grega. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994. p. 107 e 108.
Platão criticava a maneira como a mitologia grega encarava a morte do ser humano no "Reino de Hades"
Hades, a morte e a mitologia grega - documentário neste link
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