AMOR EM PLATÃO
Platão nos deu o primeiro tratado filosófico do amor: nele foram apresentadas e conservadas as características do amor sexual; ao mesmo tempo, tais características são generalizadas e sublimadas. * Platão distingue tantas formas do amor quantas são as formas do belo, desde a beleza sensível até a beleza da sabedoria, que é a mais elevada de todas e cujo amor, isto é, a filosofia, é, por isso mesmo, o mais nobre. * A finalidade é mostrar o caminho pelo qual o amor sensível pode tornar-se amor pela sabedoria, isto é, filosofia, e o delírio erótico pode tornar-se uma virtude divina*. Essa doutrina platônica do amor * oferece o modelo de uma metafísica do amor que seria retomada várias vezes na história da filosofia.
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia. Verbete amor. São Paulo: Martins Fontes, 1998. p.39 e 40.
No diálogo, o Banquete, será buscada a ideia ou a essência do amor. *
Onde está a beleza nas coisas corporais? Nos corpos belos*. Onde está a beleza nas coisas incorporais? Nas almas belas, cuja beleza está na perfeição de seus pensamentos e ações, isto é, na inteligência. *
Que amamos quando amamos almas belas? O que há de imperecível na inteligência, isto é, as ideias. O amor pelos corpos belos é uma imagem ou uma sombra do amor pelo imperecível, mas o amor pelas almas belas é o amor por algo que é * perfeito.
Se o amor é desejo de identificar-se com o amado, de fundir-se nele tornando-se como ele, então a qualidade ou a natureza do ser amado determina se um amor é plenamente verdadeiro ou uma aparência de amor. Amar o perecível é tornar-se perecível também. Amar o mutável é tornar-se mutável também. O perecível e o mutável são sombras, cópias imperfeitas do ser verdadeiro, imperecível e imutável. As formas corporais belas são sombras ou imagens da verdadeira beleza imperecível. Abandonando-as pela verdadeira beleza, amamos não esta ou aquela coisa bela, mas a ideia ou a essência da beleza, o belo em si mesmo, único, real.
As almas belas são belas porque nelas há a presença, ainda que invisível à primeira vista, de algo imperecível *, verdadeiramente belo e perfeito *. Onde se encontra a tal beleza? Nas ideias.
O que é a essência ou a ideia do amor? * Sendo amor * pelas ideias, o amor é o desejo de saber: philo sophia, amor da sabedoria. Pelo amor, o intelecto humano * toma parte no mundo das ideias ou das essências, conhecendo o ser verdadeiro.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1994. p.215 a 217.
RELATIVIDADE DA BELEZA CORPORAL NA HUMANIDADE ATUAL:
RELATIVIDADE DA BELEZA CORPORAL NO PASSADO DA HUMANIDADE:
Beleza feminina no Renascimento e no Barroco:
Beleza feminina na pré-história:
Documentário sobre beleza entre indígenas - ver aqui no link
Tirania contemporânea dos padrões de beleza:
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